Na província do Bié, o município do Cuemba regista vários momentos de interrupção e baixo fornecimento de energia eléctrica devido a constantes avarias dos grupos de geradores. A situação revolta os consumidores que exigem explicações à Administração Municipal e Governo Provincial pelo não aproveitamento do rio local e cachoeiras para a construção de uma barragem hidroeléctrica.
Por Geraldo José Letras
As constantes interrupções e baixas no fornecimento de energia eléctrica desde o início do ano em curso, está a levar os munícipes do Cuemba em visível estado de revolta que em denúncia ao Folha 8 exigem da Administração Municipal e do Governo Provincial do Bié explicações da dependência aos grupos geradores numa região com cobertura de um rio a 1 Km da Vila, além de cachoeiras, que segundo acreditam “permitiriam a construção de uma barragem e evitar gastar as avultadas somas de dinheiro dos cofres do Estado com os constantes trabalhos de reparação, compra de grupos geradores, além de combustível para o abastecimento diário”.
Através de um comunicado de imprensa, a Administração Municipal do Cuemba reconhece as frequentes interrupções e baixas no fornecimento de energia eléctrica, que considera “um direito dos cidadãos”, mas garante que “tudo está a fazer para superar a mesma situação causada pela avaria dos grupos de geradores instalados no município”.
Ainda em resposta escrita ao Folha 8, a Administração Municipal atira a culpa para a equipa da APRODEL no município que tarda a atender à solicitação já apresentada para se recuperar “outros grupos que se encontram igualmente avariados e a prejudicar o reforço no fornecimento da energia eléctrica”. Contudo, pedem paciência à população.
Há uma semana que os moradores da Vila sede do Município do Cuemba não recebem água potável devido ao desabamento da passagem hidráulica sobre o Rio Canhaponte, na Estrada Nacional 250, troço que liga a sede Mmunicipal do Cuemba à sede comunal do Munhango. Às intensas chuvas que se abatem sobre a região da província do Bié desde o princípio do ano são atribuídas as culpas pelo Gabinete Municipal de Infra-estruturas que ao Folha 8 garante já estar a trabalhar em coordenação com o Gabinete Provincial das Obras Públicas.
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